sábado, 27 de julho de 2013

“O trabalho é a vocação original do homem”

        
O trabalho é a vocação original do homem; é uma bênção de Deus; e enganam-se lamentavelmente aqueles que o consideram um castigo. O Senhor, o melhor dos pais, colocou o primeiro homem no Paraíso – "ut operaretur", para trabalhar. (Sulco, 482)

Desde o começo da sua criação que o homem teve de trabalhar. Não sou eu quem o inventa. Basta abrir as primeiras páginas da Sagrada Bíblia para aí se ler que Deus formou Adão com o barro da terra e criou para ele e para a sua descendência este mundo tão formoso, ut operaretur et custodiret illum, com o fim de o trabalhar e de o conservar, e isto antes mesmo de o pecado entrar na humanidade e, como consequência dessa ofensa, a morte, as penas e as misérias.

Temos, pois, de nos convencer de que o trabalho é uma realidade magnífica, que se nos impõe como lei inexorável a que todos estamos submetidos, de uma ou de outra forma, apesar de alguns pretenderem eximir-se a ela. Aprendei-o bem: esta obrigação não surgiu como uma sequela do pecado original, nem se reduz a uma descoberta dos tempos modernos. Trata-se de um meio necessário que Deus nos confia na terra, alongando os nossos dias e tornando-nos partícipes do seu poder criador, para que ganhemos o nosso sustento e, simultaneamente, recolhamos frutos para a vida eterna: o homem nasce para trabalhar, como as aves para voar.

Talvez me digais que já se passaram muitos séculos, que muito pouca gente pensa desta maneira, que a maioria provavelmente se afana por motivos bem diversos: uns, por dinheiro; outros, para manter a família; outros, na mira de conseguir uma certa posição social, para desenvolver as suas capacidades, para satisfazer as suas paixões desordenadas, para contribuir para o progresso social. E todos, em geral, encaram as suas ocupações como uma necessidade de que não podem evadir-se.

Perante esta visão plana, egoísta, rasteira, tu e eu temos de recordar a nós mesmos e de recordar aos outros que somos filhos de Deus, a quem o nosso Pai dirigiu um convite idêntico ao daqueles personagens da parábola evangélica: filho, vai trabalhar na minha vinha. Posso assegurar-vos que aprenderemos a terminar as nossas tarefas com a maior perfeição humana e sobrenatural de que somos capazes, se nos empenharmos em considerar assim diariamente as nossas obrigações pessoais como ordem divina.

Textos de São José Maria, recebido por email.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A minha luta...

Já mencionei numa outra postagem o meu turtuoso caminho na fé. Tem sido dificil, muito dificil. As quedas são muitas, na verdade. Tenho passado muitas vezes pela desgraça da aridez, em que a oração é tão complicada e custosa. Mas, felizmente, Deus, na sua infinita bondade, tem sempre jogado a Sua Santa e boa mão à minha pessoa. E por esta razão, quero hoje, aqui, publicamente, agradecer a Deus tanto auxilio prestado, auxilio que eu, certamente não seria merecedora não fosse a sua infinita misericordia. Nos meus momentos de aridez a minha vida fica virada do avesso, nada corre bem, ando triste, deprimida, de mal com a vida, o trabalho não rende, os problemas surgem... Nestas alturas, por incrivel que pareça, Deus parece pegar em mim ao colo, quando parece que tudo vai desabar, e levanta-me, ajuda-me a retomar o caminho certo. Ajuda-me a retomar a minha disciplina espiritual, e quando ela é retomada, tudo, mas tudo na minha vida volta a correr bem; desde o mais pequeno afazer, a mais simples obrigação, tudo corre bem.

Meu Deus, como eu Te amo, obrigada Senhor por tudo. Perdoa-me meu Deus, por, tantas vezes, não ser suficientemente forte para resistir as terriveis e malignas tentações. Peço-te que, se for da tua vontade, continues a abençoar-me com a tua infinita misericordia. Abençoa também Senhor todas as pessoas do mundo que tanto precisam do Teu auxilio. Tudo para Tua glória meu Deus.